Crucificados com Cristo | Pastora Shara Ricarte
18 de novembro de 2013Tema: Crucificados com Cristo – Por Shara Ricarte
Texto-base: “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, partindo as suas vestes, lançaram sortes. E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus. E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre. E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo. E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; E rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.
E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. E todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.” Lucas 23:33-38; 44-49
Seria muito fácil para Jesus, ter vencido a cruz e toda a dor, como Deus. Muitos pensam que Ele venceu e recebeu a dor da cruz como Deus. No entanto, em Filipenses 2.2 – 8, vemos que Ele enfrentou a rejeição, o abandono, o medo e a dor como homem. É extremamente importante agradecermos ao Senhor pelo sacrifício de Jesus na cruz. Mas, há algo mais.
Desde o Éden, tudo o que Deus queria era ser nosso Pai. Ele quis ensinar Adão a ser Filho de Deus, mas o mesmo falhou desobedecendo. Todos nós falhamos com Adão. Falhamos em ser a imagem e semelhança de Deus. Ele enviou Jesus, não simplesmente para nos salvar, mas para resgatar a nossa identidade de filhos de Deus (Jo 1.12).
O Senhor Jesus andou 33 anos na terra, mostrando como um Filho de Deus ama, se comporta, pensa e age. Deus mandou o melhor exemplo que tinha. Por isto, Jesus afirmou que se acreditássemos no Filho de Deus, faríamos obras maiores (Jo 14.12).
Em seus últimos 3 anos na terra, Jesus manifestou a glória de Deus, curando e amando; Ele deseja que façamos a mesma coisa. O mundo precisa ver a glória de Deus, por isso, precisamos compartilhá-la.
Mas, o que fazer para ser reconhecido como filho de Deus?
Quando Jesus assim foi reconhecido? Para a multidão que o seguia, via a multiplicação dos alimentos, as curas e milagres, Jesus era um profeta. Para os sacerdotes, Ele era uma ameaça; para os discípulos, Ele seria o libertador político de Israel. O único que teve uma revelação de quem era Jesus foi Pedro (Mt 18.18), mas, não compreendeu o propósito maior da cruz.
Enquanto esteve na terra, Jesus não foi reconhecido como filho de Deus. Porém, em Mateus 27.54, percebemos um centurião reconhecendo que Jesus era o verdadeiro filho de Deus. Naquele momento, Jesus estava sangrando, fora cuspido, e crucificado. Somente neste momento, na cruz, ele foi reconhecido enquanto filho de Deus.
De igual modo, só somos reconhecidos como filhos de Deus quando estamos na cruz, tendo nossa carne e natureza expostas nela. Em Gálatas 2.19,20 Paulo afirmou que estava crucificado com Cristo.
Para viver para Deus, é preciso morrer e, a morte, tem que ser de cruz. Isto porque, quando somos crucificados com Cristo, Ele vive em nós e somos reconhecidos como filhos de Deus.
Existem muitas lutas que nós já deveríamos ter vencido. E porque não vencemos ainda? Não vencemos ainda porque não estamos crucificados com Ele; ainda existe algo em nós que precisa morrer. Enquanto nossa carne não for crucificada, nossas mazelas, o velho homem, ainda estará em nós em algum lugar. Quanto mais nos aproximados as santidade de Deus, mas sujo parecemos.
Por isto, constantemente, ficamos aos pés da cruz, segurando os pregos, mas não estamos crucificados. Alguém consegue se crucificar sozinho? Não! É preciso um carrasco.
Muitas vezes, as dificuldades vem, sob a soberania e controle de Deus, com o objetivo de nos crucificar. Jesus poderia ter impedido os pregos! Mas Ele tinha tomado uma decisão, poucas horas antes – no Getsêmani – de obedecer o plano de Deus. O que crucificou Jesus foi a decisão do próprio Jesus.
O Senhor está nos forjando, está tentando nos moldar; contudo, a decisão de ser crucificado é nossa. Temos o livre arbítrio. Que haja em nós o mesmo sentimento de Cristo, a mesma cruz. Porque, se não houver, como iremos fazer obras maiores? Se Ele venceu, com Ele também venceremos. Só crucificados, somos verdadeiros filhos de Deus com autoridade. Se você escolheu ser crucificado, as pessoas irão reconhecer que você é um filho de Deus. Após a cruz, Jesus recebeu um nome que é sobre todo nome, da mesma forma, existem coisas que você só vai receber se passar pela cruz.
Portanto, convidamos você a abrir mão e deixar o prego entrar, deixar sua carne morrer; irá sangrar, doer, mas a garantia de que valerá a pena, é certa. Porque ao terceiro dia, a pedra irá rolar, os planos, sonhos, projetos de Deus vão ressuscitar em sua vida e o propósito eterno se cumprirá, em nome de Jesus!