Desarmando-se do Eu | Pastor Narcésio Carneiro

8 de setembro de 2013

Tema: Desarmando-se do Eu

Nesta tarde, o Pr. Narcésio, trouxe à igreja do Senhor, uma palavra confrontadora. Você que não pôde escutar esta palavra revelada, confira aqui:

Fp 3. 3 – 16

Introdução:  Paulo, à igreja de Filipo, como um erudito, conhecedor das escrituras, considerou, nesta passagem acima, que tudo o que até então tinha aprendido, não era nada, por causa de Cristo (Fp 3.8).

O homem em sua condição natural, isto é, distante de Deus devido sua natureza pecaminosa, vai adquirindo um verdadeiro arsenal de conceitos, opiniões e orgulho. São as chamadas ARMAS CARNAIS.

Vejamos o que elas nos fazem:

As armas carnais:

Fazemos uso destas armas carnais para nos proteger dos outros, das opiniões contrárias. As áreas da vida são verdadeiras salas onde estocamos armas para autodefesa. A natureza humana caída (adâmica) é tão perceptível que crianças, ainda de colo, já desenvolvem o hábito da desobediência.  Assim, conforme crescemos, adquirimos o direito ao conhecimento e, percebemos que esta formação, de maneira geral, vai sendo consolidada e estimulada a partir do mundo que não oferece esperança. Este mundo, a todo o tempo tenta isolar ou excluir os conceitos de família, preenchendo crianças, sobretudo, com estas armas carnais.

Assim, o homem ou mulher em todo o seu período de formação de caráter sem Deus, vai se contaminando. As armas carnais destroem nosso corpo físico e espiritual.

Em Mateus 13.22, o Senhor Jesus diz, “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”. Ora, a palavra semeada em meio ao coração armado, ela não dá frutos.

Muitas vezes, as pessoas que estão em sofrimento, passando por situações difíceis, tornam-se mais abertas ao evangelho do que aqueles munidos por armas carnais, sobretudo, o orgulho.

Entretanto, uma vez alcançados pelo a misericórdia de Deus, precisamos entender que não pertencemos a este mundo. Somos a noiva de Cristo, por isto, temos que assumir uma postura distinta do mundo, lançando fora o orgulho, fazendo a diferença no mundo.

Por vezes, ficamos frios, com semblante triste, porque nos deixamos sobrecarregar pelas questões desta vida. O jovem rico, por exemplo, não quis passar por este processo de abrir mão de tudo por Jesus, o processo de nascer de novo é doloroso, mas o reino de Deus é conquistado por esforço (Mt 11.12).

Entretanto, podemos ser moldados através do DESARME.

 

O Desarme

O maior exemplo de desarme, de lançar fora toda obra carnal da natureza humana foi Jesus, que assumindo forma de servo, não se contaminou (Fp 2. 7 – 9).  Um grande problema a ser vencido é que, temos medo de nos desvencilhar das armas carnais, pois pensamos que, sem elas, estaremos desprotegidos.

No entanto, a diferença está neste momento. A vontade do Pai é que nos esvaziemos de nós mesmos, desarmemo-nos dos conceitos e sentimentos ruins. O tempo é de mudar. Ao ser alcançado por esta palavra de Deus, somos convidados ao desarme para nos revestirmos de novas armas. É importante destacar que o processo é longo, é cotidiano (Fp 1.6), mas na certeza de que Ele nos aperfeiçoará.

Novas armas em Cristo

Em 2 Coríntios 10. 4, 5, a palavra de Deus afirma que “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” .

A arma espiritual tem o fundamento de levar cativo todo pensamento com a finalidade de fazê-lo obedecer a Deus. Estas armas espirituais são mantidas a partir de uma vida com Deus, baseada na intimidade regada com o jejum e na oração. Somos crentes para conquistamos no mundo espiritual, curando enfermos, transformando vidas a partir do poder de Deus.

Ao crermos em Jesus, começa a cair num processo contínuo, aparatos e estruturas antigas desnecessárias nesta nova vida com Cristo. A partir daí, passamos a vivenciar e a nos armar munições espirituais de defesa e ataque que tem por objetivo derrubar antigos conceitos e nos ajudar a viver a justiça de Deus.

Em 2 Coríntios 6. 4, Paulo diz: “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros“.

Em resumo, o Cristianismo é vivenciado a toda hora a partir de uma palavra-chave chamada RENÚNCIA. Ou estamos dispostos a  renunciar nossas armas carnais ou nunca saberemos o mistério e o efeito da armadura de Deus em nós.

Escolha neste dia que se chama hoje, desarmar-se de tudo que não provêm de Deus, desprezando-se de suas credenciais e abrindo seu coração em total confiança em Deus e em sua palavra.